A Polícia Civil fechou um falso centro de estética na tarde desta segunda-feira, em Florianópolis, que na realidade era uma casa de massagens em que havia exploração sexual. Em outro local, também no Centro, quatro salas caracterizadas como pontos de prostituição foram fechados.
Este foi o segundo dia em menos de uma semana que a Delegacia de Jogos e Diversões saiu para conferir denúncias e interditou pontos de prostituição na Capital, na operação Red Light (casas de show). Na semana passada, a polícia havia estourado um ponto que funcionava na Rua Bento Gonçalves.
Local fechado na Rua 7 de Setembro, no Centro Foto: Andrey Lehnemann / Assessoria de imprensa Polícia Civil
O falso centro de estética funcionava na Rua 7 de Setembro, na cobertura de um prédio. Havia recepção, as garotas usavam jaleco, mas na prática era uma casa de prostituição, informou a assessoria de imprensa da Polícia Civil.
Quando os policiais chegaram as jovens estavam seminuas, havia dois clientes e um deles foi levado para a delegacia como testemunha. A polícia não encontrou medicamentos ou outros materiais que caracterizassem o local como centro de estética.
Foto: Andrey Lehnemann / Assessoria de imprensa Polícia Civil
As outras quatro salas interditadas funcionavam em andar de um edifício na Rua Marechal Guilherme, no Centro. As denúncias dadas à polícia relataram intensa movimentação de mulheres e clientes.
Policiais também fecharam salas em edifício na Rua Marechal Guilherme, também no Centro. Foto: Andrey Lehnemann / Assessoria de imprensa Polícia Civil
"A polícia não vai fechar os olhos"
Responsável pela ação, a delegada Michele Correa disse que a Polícia Civil não irá fechar os olhos para os ambientes mascarados como casas de massagens, que na verdade são pontos de exploração sexual em Florianópolis.
Ela se refere principalmente ao fato de outros 18 estabelecimentos que supostamente atuam com prostituição e usam bares ou saunas como fachada e que conseguiram liminares judiciais para o funcionamento.
Delegada Michele Correa. Foto: Betina Humeres / Agencia RBS
— Estamos no início da investigação. Mas não descartamos a existência de uma rede de prostituição. Chama a atenção por quê tantas casas de massagens em Florianópolis. É porque dá lucro e alguém está ganhando dinheiro com essas meninas. São ambientes também propícios ao uso de drogas — ressaltou a delegada.
"Fonte de renda"
Nas ações, a polícia observa que praticamente todas as garotas envolvidas fazem os programas sexuais como a sua principal fonte de renda. Em geral, diz a delegada, a maioria delas é de Florianópolis e região.
Sobre os agenciadores, uma mulher é investigada por supostamente gerenciar cinco casas de massagens. O inquérito policial da operação já tem cinco volumes e vai se intensificar com ações a campo e também com a negativa da polícia em dar alvarás a esses estabelecimentos.
Nesta segunda, mais de dez garotas foram encaminhadas à 1ª DP para depoimento. O DC não conseguiu contatar os responsáveis pelos lugares alvos da fiscalização policial.
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