A Equipe da Pastoral da Mulher, Unidade Oblata em Juazeiro/BA, se reuniu nos dias 21/01, 28/01 e 09/02 para realizar o estudo em preparação para o Encontro da Rede Oblata que ocorrerá entre os dias 12 a 15 maio em Salvador/BA, com o tema: “Educação e Assistência Social a luz da Espiritualidade Oblata”. Os encontros foram facilitados por Fernanda Lins, que compõe a equipe de organização do encontro.
O
primeiro dia de preparação aconteceu em 21/01 com a realização do estudo da
Carta 197, enviada por Padre Serra ao Ministério do Governo, solicitando fundo
para a Obra. No primeiro momento
assistimos ao vídeo “Uma llamada al amor”
que conta a história da Congregação e foi produzido na ocasião dos 150 anos da
Instituição.
Após
a leitura da carta a equipe destacou os aspectos que chamaram a atenção, entre
eles: a forma como era vista a mulher na época dos fundadores; o papel político
de Padre Serra na garantia de direitos das mulheres; a “casa” era mais que um
abrigo, se preocupava na educação e profissionalização das mulheres; Padre
Serra cobrava do governo ações em benefício das mulheres; o estado não cumpria
suas obrigações, tinha alguém que fazia por ele; entre outros. Na ocasião a
equipe concluiu que a realidade parece não mudar muito em alguns aspectos e se
questionou até que ponto estamos cobrando e tendo um papel político como os
nossos fundadores?
Refletimos
também que um dos grandes desafios ainda é a captação de recursos e que o mundo
tem mudado radicalmente nos últimos anos exigindo de nós novas respostas e
novas estratégias para atender a realidade das mulheres em contexto de
prostituição e assim conseguir recursos para o trabalho.
No
dia 28/02 passamos para a segunda etapa do estudo, assistindo um vídeo que está
no youtube e que mostra a imagem de mulheres da bíblia. Depois a equipe foi
convidada a conhecer, a partir de tarjetas coladas na parede a história de
algumas dessas mulheres e a escolher uma dela, para responder a seguinte
pergunta: Revisitando os textos da época
dos fundadores constatamos termos preconceituosos que acarretam milenarmente as
mulheres em contexto de prostituição. Hoje não é diferente, temos uma sociedade
que estigmatiza a mulher, tornando público e rotulando-a pela prática da
prostituição e invizibiliza os homens, que igualmente se prostituem. Diante
dessa problematização, em que Deus acredita essa sociedade, na qual nós estamos
inseridas, onde se continua sustentando estas desigualdades? Buscar um texto
bíblico que traga à tona a realidade de uma mulher estigmatizada e que
contribuição traz a prática de Jesus para a nossa atuação nos projetos
pastorais.
Em
seguida os três grupos socializaram as respostas. As mulheres escolhidas foram:
a mulher adúltera, Lia, Tamar e a mulher do fluxo de sangue. Pudemos perceber
que as histórias dessas mulheres muito se assemelham as nossas e as das
mulheres que atendemos, e destacamos: a exploração dos homens, preconceito,
estigma, competitividade, entre outros.
Finalizando
o estudo, no dia 09/02 a equipe assistiu a um vídeo que retratava o processo de
metamorfose da borboleta e em seguida realizou a leitura e reflexão sobre o
Regulamento dos colégios-asilos de pobres desamparadas, dirigido pelas Irmãs
Oblatas do Santíssimo Redentor para responder ao seguinte questionamento: Qual a nossa releitura dos objetivos e passos
pedagógicos criados pelo Padre Serra quando fundou a 1ª Casa de Acolhida?.
Dentre os aspectos relevantes a equipe destacou que desde os Fundadores
percebe-se um trabalho sistematizado e organizado, ficando explícito quando o
texto cita as cores das fitas que são usadas pelas mulheres de acordo com o
avanço em seu processo. Percebe-se também um amor a causa, retratado ao dizer
que se acolhe as mulheres quantas vezes for necessário, além da doçura e
firmeza nos momentos necessários.
A
continuidade do estudo será realizado na ocasião do Encontro da Rede, onde
serão apresentado todos os trabalhos realizados nas quatro Unidades Oblatas do
Brasil.
Por
Fernanda Lins e Railane Delmondes.
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