terça-feira, 14 de abril de 2015

Seis razões para os homens amarem o feminismo

n-MAN-WOMAN-COLLAGE-large570














Se tem coisa que machuca fundo é homens fazendo campanha contra o feminismo. Esses ingratos! Depois de tudo que nós, feministas, fizemos por eles! Ué, não sabia? Sim, o feminismo é primordialmente um movimento de mulheres para mulheres mas vocês, homens, vêm comendo nas beiradas do banquete desde que nós começamos a queimar sutiãs. Aqui vão alguns lembretes de todas as razões que fazem os homens inteligentes celebrarem o feminismo.
 
Por , do Brasil Post 
 
1) Vocês trabalham menos e desfrutam de mais renda
Esse benefício derivou de duas grandes lutas feministas: o direito ao controle de natalidade e o direito ao mercado de trabalho. Se não fossem as corajosas mulheres que batalharam por isso, às vezes à custa da própria vida, vocês ainda estariam trabalhando duro, sozinhos, para sustentar famílias de cinco a 20 filhos. Com a popularização dos anticoncepcionais (que eram proibidos por lei em muitos países, vale dizer), homens e mulheres puderem ter famílias mais adequadas às suas condições financeiras. E famílias em que as mulheres também têm carreira tendem a ter rendas melhores e uma vida mais estável, já que não caem na miséria quando um dos dois perde o emprego.
 
2) O sexo… ah, o sexo!
A não ser que algum de vocês curta transar com semi-cadáveres de camisolão branco, vocês deveriam erguer as mãos aos céus e agradecer pelas feministas. Antes da luta pelas liberdades sexuais femininas, mulheres não eram autorizadas a tirar a roupa, gemer, gozar, engajar-se no ato sexual ou fazer sexo oral ou anal. Ficavam lá paradinhas esperando o sêmen para gerar, quem dera, mais um varãozinho pra família. De nada, amados homens! Graças a nós, vocês trocaram a esposa frígida e frustrada por mulheres boas de cama.
 
3) As deliciosas conversas de todas as noites e dias
Pense que, há algumas décadas, os homens chegavam em casa e tinham que aguentar ladainhas sobre bordados e cortinas. As mulheres eram aprisionadas a uma vida de tédio e serviços domésticos, sem nenhum estímulo intelectual, e os homens tinham seu gostinho disso em cada refeição familiar. Hoje, porém, podem desfrutar da companhia de parceiras, colegas de trabalho e amigas que exploram e interpretam o mundo como eles. Mulheres inteligentes, estudadas, que podem levar a parceria ou o amor de vocês a um nível muito mais profundo de comunhão de espíritos. Tem coisa mais valiosa?
 
4) Vocês foram criados por mães mais instruídas
Pode apostar: sem o feminismo, alguns de vocês nem teriam sobrevivido à infância. Antes que mulheres começassem a frequentar escolas em massa, crianças morriam de diarréia simplesmente porque as mães não sabiam preparar soro caseiro. Com mães que aprendem noções de saúde e biologia nas escolas, os bebês são mais bem cuidados e saudáveis. Sem contar que nossas mães puderam ler histórias pra gente à beira da cama e nos explicar o novo mundo de maneira muito mais palatável.
 
5) A licença paternidade
Todos os países que desfrutam de generosas licenças paternidade devem isso ao feminismo. Assim, homens na Suécia, por exemplo, podem folgar por até um ano para participar da criação dos filhos. As feministas se dedicam a essa causa porque entendem que a criação dos filhos não deve ser uma obrigação unicamente da mulher, mas uma missão compartilhada. Com pais participativos, elas não precisam abandonar as carreiras nos primeiros anos de vida das crianças e os pais podem usufruir dos primeiros passos dos barrigudinhos. Imagine se vocês deixassem as feministas terem mais poder aqui no Brasil, heim?
 
6) Vocês recebem transfusões de sangue, tratamentos de diabete e de infecções virais
Se o feminismo não tivesse aberto as portas para que mulheres como Gertrude B. Elion, por exemplo, trabalhassem nas ciências, hoje vocês não poderiam usufruir de alguns tratamentos de leucemia, doenças autoimunes, malária, aceitação de órgãos transplantados, entre outros. Ou imagine se Rosalyn Yalow não tivesse descoberto a técnica Radioimunoensaio (RIE), que possibilitou a realização em massa de exames de screening de doenças para deixar mais segura a doação de sangue. Ou se Clarice Lispector nunca tivesse sido alfabetizada. Ou Jane Austen. Ou Françoise Barré-Sinoussi, descobridora do vírus do HIV, nunca tivesse ido à escola…
 
 
13/4/2015
Fonte: Geledés Instituto da Mulher Negra

Nenhum comentário: