A estação da Sé abrigou, nessa terça-feira (02), um protesto em defesa das mulheres que são abusada sexualmente no transporte público. O ato aconteceu no final da tarde, com a participação de professores, estudantes, militantes da causa feminista, entre outras personalidades, e durou aproximadamente uma hora. O motivo foi o ocorrido da última quarta-feira (27), quando um homem ejaculou na calça da repórter Caroline Apple, em pleno vagão, e o Metrô declarou nada poder fazer.
por Jayane Condulo no Rotineiras
Apesar de pacífica, a manifestação enfrentou algumas barreiras. Em menos de meia hora, seguranças do Metrô foram tirar satisfações e tentar proibir qualquer tipo de protesto dentro da estação. Intimidações por parte do Metrô também já haviam sido previstas pela organizadora do evento, a jornalista Patricia Paixão, que soube argumentar de forma muito precisa e convincente com os seguranças que tentavam afastar os manifestantes.
Atraindo olhares curiosos de quem passava, os cartazes traziam frases como “Deixem meu corpo em paz” e “o metrô é público, meu corpo não”, reforçando a hashtag: #eunãomereçoserabusada. Como resposta, alguns aplaudiam, outros liam disfarçadamente, e muitos paravam para tirar foto com um dos cartazes e deixar seu apoio ao ato.
O protesto foi organizado e divulgado através do Facebook, unindo as mais diferentes pessoas lutando pelos mesmos direitos. É importante ressaltar que haviam homens apoiando a causa, com cartazes e forte defesa contra o abuso sexual feminino. Diziam estar ali por suas mães, irmãs, parentes e amigas, e se declaravam totalmente contra todo tipo de machismo no país.
Os participantes lutam por melhorias na segurança do metrô, punição para os agressores, e conscientização da população. Eles afirmam que casos como o da repórter Caroline Apple acontecem diariamente, mas o Metrô não divulga, nem toma as providências necessárias.
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