Principais ‘estrelas’ da Campanha “Amor sem Violência”, lançada no dia de ontem (24) pelo Blog do Carlos Britto com o intuito de mobilizar a sociedade petrolinense no combate à violência contra as mulheres, a digital influencer Carla Rocha e a cantora Yara Tchê enalteceram a iniciativa. Tanto é que nenhuma delas cobrou cachê para participar.
Carla, que já foi vítima de agressão por parte do ex-marido, explicou o motivo em se engajar na campanha. “Primeiro, porque é muito importante e os números são muito assustadores. Eu, como vítima de violência doméstica, já tive de recorrer à Lei Maria da Penha e eu acho que nenhuma mulher deve se calar. Então, por isso eu aceite e abracei a causa”, detalhou.
Carla tem milhares de seguidores nas redes sociais – sendo a maioria mulheres. Ela disse que vai usar o poder da mídia para divulgar a campanha e encorajar as denúncias. “Cerca de 80% do meu público é feminino, e eu quero usar essa mídia para encorajar [as mulheres a denunciar] e fortalecer cada vez mais essa campanha”.
Ela ainda mandou um recado às mulheres: “Não é vergonha para ninguém, ter sido vitima de violência. Como vítima, eu não tenho vergonha alguma. Depois que eu criei coragem, que denuncie, eu me fortaleci como pessoa, como mulher. E, hoje, nada mais justo do que estimular outras mulheres a terem a mesma atitude”, finalizou Carla.
“Banalização”
Empoderamento também é o termo usado por Yara Tchê para despertar quanto à atual realidade que atinge as mulheres. Segundo ela, o país vive uma cultura de “banalização” da violência, pela qual muitas vezes os agressores acabam ‘vitimizados’. “Há sempre uma desculpa para tudo (referindo-se às justificativas dos agressores)”, lamenta. Ela argumenta que foi criada dentro de preceitos sobre o certo e o errado. Yara afirma não ver mais esses ensinamentos. “As mulheres precisam de um pouco de empoderamento para dizerem ‘não aceito, isso não pode’”, pontuou.
Natural do Rio Grande do Sul e radicada em Petrolina, a cantora ressaltou ainda que as redes sociais exercem um importante papel no sentido de divulgar a campanha. “As mulheres precisam fazer também sua parte, denunciando seus agressores e procurando a Delegacia da Mulher. As autoridades não têm como saber sobre os casos de agressão, se as mulheres não as procuram”, completou.
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