Os trabalhos desenvolvidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) para combater a exploração sexual de crianças e adolescentes apresentam resultados e, em agosto, a sede de Ponta Grossa completa 21 meses desde o último crime do gênero flagrado nas rodovias federais da região. Para chegar a esse número, a PRF realiza uma série de trabalhos, em conjunto com órgãos governamentais e ONGs, que promovem ações de combate.
Na região de atuação da PRF, Ponta Grossa apresenta uma redução no número de casos registrados, embora outros municípios, como Imbaú, Ortigueira e Guarapuava, ainda tenham pontos considerados críticos. “Realizamos frequentemente rondas para verificar possíveis pontos. Isso demanda um trabalho de inteligência, porque muitas vezes os adolescentes e crianças não ficam expostos nesses lugares”, explica o policial Havryluk.
As duas últimas prisões, em ações de combate a exploração sexual de crianças e adolescentes, aconteceram há quase dois anos. Em novembro de 2014, uma adolescente, de 17 anos de idade, foi encontrada em situação de exploração sexual na Avenida Presidente Kennedy, trecho urbano da BR-376, e um homem que estava com ela foi preso. A outra situação, registrada em maio de 2013, encontrou uma adolescente, de 15 anos de idade, sendo explorada sexualmente no perímetro urbano da BR-277, em Guarapuava. Um homem acompanhava a adolescente e foi detido.
O Projeto Mapear, apoiado pela Secretara de Direitos Humanos da Presidência da Repúbilca (SDH/PR), visa o levantamento e atualização dos pontos de vulnerabilidade à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais do país. Verificou-se através do levantamento, entre outras informações importantes que, além da ligação com o consumo de drogas (lícitas e ilícitas), muitas crianças poderiam estar também enquadradas na situação de tráfico de pessoas.
Projetos auxiliam na prevenção
Outro projeto da PRF, desenvolvido em parceria com a Childhood Brasil, é o Programa Na Mão Certa, o qual integra um esforço no sentido preventivo. Ele traz o setor privado para ação, por meio das suas operações logísticas e de transporte de carga rodoviário, com o objetivo de que também o caminhoneiro atue na proteção de crianças e adolescentes, mudando seu olhar e incentivando a denúncia de exploração sexual.
Fonte: http://arede.info/jornaldamanha
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